terça-feira, 23 de junho de 2009

Foto : Goiás Velho . Marie Magri
Olhares Acessórios.
Goiás foi, é ou será assim, esse peso de história, um complexo de memória, de sorrisos mal contados, de verniz e soldados armados.
Vou-me embora. Onde não haverá pedra igual, nunca mais se encontrará a véia da mutamba, tão bem preparada para a noite mal contada que por fim foi adocicada com a venda da pinga engarrafada. E quanto homens foram precisos para se cantar as ruas de lá. Quantas peles moribundas, quantos pés que Tarsila há de pintar, quantas mãos que hão de chorar e Bresson não pode ali fotografar, talvez Salgado assim pudesse. Uma grande coméia de chão, hexágonos para uma melhor distribuição de concreto, nada singelo, um grande minúsculo céu aberto.
PS. Enquanto voltava, dormia e lia :
Temporada .
" Se o porco é espinho
caço e asso
se o corpo é sozinho
traço e passo" ( Cacaso)
Delírio Puro .
"Quanto mais louco
lúcido estou" .... (Chacal)
Livro. "Poesia Marginal" empréstimo do artista arteiro DiOgo ( rss )

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